Do graffiti às políticas públicas de preservação da memória, MEA completa o ciclo de um ano
O MEA - Memorial da Evolução Agrícola completou seu primeiro ano no dia 14 de dezembro. A celebração da data contou com extensa programação nos dias 13 e 14, envolvendo a comunidade de Horizontina e região. “Conseguimos constituir uma equipe potente, grande parte da região do noroeste. Temos a certeza de que o MEA está sendo acolhido por toda população, tornando-se uma extensão da casa das pessoas”, pontuou Karina Muniz Viana, diretora do MEA.
No dia 13 de dezembro, foi realizada a Conferência com o artista multimídia Estevão da Fontoura e curador da Edição 2024 do Programa Deslocamentos MEA. Sua apresentação intitulada “O que o MEA desloca com o Deslocamentos MEA?” provocou o público a pensar suas relações com o patrimônio cultural, memória e relações afetivas. As lideranças dos seis municípios contemplados também estiveram presentes apresentando impactos e projeções de futuro para suas políticas dedicadas ao patrimônio cultural local e estimuladas pelo programa do Memorial. Em Tucunduva, o MEA inspirou as empreendedoras Marisa Beatriz dos Santos e Maristela Elisa dos Santos a realizar o sonho de criar a escola de dança e teatro Companhia Arte Criativa no município. Momento em que o MEA apresentou a elas a Lei Aldir Blanc, e imediatamente inscreveram o projeto “Movimentos da Alegria” na lei federal, que tem por objetivo trabalhar com crianças e adolescentes das periferias. O projeto foi aprovado e terá início em fevereiro de 2025.
“O Deslocamentos MEA foi um presente que chegou para acender uma faísca de descobrimento da nossa história, de costumes passados e tradições. Temos sede de resgate histórico e estamos unidos pela cultura e as histórias vivas que enriquecem nosso trabalho”, comemoram Marisa e Maristela.
O programa Deslocamentos MEA também passou por Porto Vera Cruz, Três de Maio, Nova Candelária, Boa Vista do Buricá, São José do Inhacorá e encerrou em Horizontina, onde ficará aberto à visitação até maio de 2025 no Centro Cultural Jorge Logemann (Rua Dahne de Abreu, 572).
“O MEA ganhou nosso coração, muitos puderam voltar ao passado resgatando suas memórias, fato que jamais pode ser esquecido e ter isso registrado no Memorial nos traz orgulho da nossa comunidade. Nosso povo ganhou um novo olhar sobre a cultura e a importância de deixar um legado para o futuro”, afirmou Isabel Cristina Cortelete, Diretora de Cultura da Prefeitura Municipal de Boa Vista do Buricá. A representante do Governo Municipal de Três de Maio, falou sobre a importância do programa para promover a democratização cultural. “O MEA traz a arte para locais diversos, promove a inclusão cultural, a diversidade de experiências e permite que todos tenham contato com obras e movimentos artísticos que não tiveram a oportunidade de apreciar, ampliando o impacto social”, acrescentou Rosana Foletto, Coordenadora de Cultura da Prefeitura Municipal de Três de Maio.
No dia 14 de dezembro, a programação iniciou com uma cerimônia para a comunidade e contou com a presença da diretora do MEA Karina Muniz Viana, da coordenadora do Educativo, Cultural e Socioambiental do MEA, Carla Borba, do Prefeito de Horizontina, Jones Cunha, do Gerente de Engenharia da John Deere Brasil - Fábrica Horizontina, Airton Heck, e do Gerente de Operações SENAI Horizontina, Alessandro Diego Neumann. “Conseguimos formar uma tríade sólida e sinérgica, onde o MEA representa a cultura, a John Deere Brasil simboliza a força da indústria e o SENAI se destaca como um pilar da educação. A parceria com o MEA nos permite romper barreiras e alcançar horizontes ainda mais amplos”, comentou Alessandro.
A cerimônia foi seguida da conferência “Energias renováveis e os desafios da agricultura”, com Guilherme Raucci, Gerente de novos negócios IndigoAG e professor da Fundação Getúlio Vargas e Patrick Bonella e CEO da Digitalli, autorizada WEB no Brasil.
"O primeiro ano do MEA não seria possível sem as parcerias que foram construídas e a ajuda da comunidade. Ressalto, ainda, que a John Deere, além das contribuições na idealização e manutenção do MEA, reconhece a sua relevância em resgatar a memória da evolução agrícola", disse o Gerente de Engenharia da John Deere Brasil, Airton Heck.
O evento contou, ainda, com a transmissão ao vivo direto do MEA do Programa “Me leva” da rádio FEMA, de Santa Rosa. Foi mais de uma hora de entrevistas e interação com o público. O momento também marcou a inauguração da pintura mural “O futuro é ancestral” do artista urbano, Café (Curitiba - PR). A pintura foi produzida durante trinta dias e ocupa mais de 350 m² do prédio Fabril do MEA. Sua narrativa traz temas importantes sobre energias renováveis e o papel da juventude e da ciência em prol do meio ambiente e das transformações tecnológicas. O encerramento contou com apresentações de artistas do Rio Grande do Sul, o Coletivo Poetas Vivos, Pedrin MC e o artista rISCADO. Muita arte urbana, dança, música, poesia, manobras de skate e a prática de stencil.
Foto: Inauguração da pintura o mural “O futuro é ancestral” com mais de 350 m2, do artista Café, foi um dos destaques da programação. Crédito: Takaki Fotos / MEA.
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