Propósito e valorização das identidades culturais uniram o MEA - Memorial da Evolução Agrícola e a Escola Estadual de Ensino Fundamental Monteiro Lobato em uma ação inovadora em Horizontina: o Festival Diálogos Arte Urbana. A ação, realizada em duas etapas, envolveu 8 artistas e cerca de 215 estudantes da instituição de ensino.

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“O festival foi um desdobramento do conteúdo programático previsto pelos professores de Artes, alinhados às solicitações da coordenação pedagógica da escola, que previa a abordagem do tema cultura urbana com os alunos, a partir do estêncil e do grafite. Com a parceria, outras manifestações do Hip Hop, como a música e a dança, foram incluídas, e assim chegamos no formato do projeto”, explica Carla Borba, coordenadora do programa Educativo, Cultural e Socioambiental do MEA.

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A coordenadora pedagógica Alessandra Franzen Klein avalia que “o festival proporcionou aos alunos uma experiência rica de trocas culturais, conhecimentos práticos sobre a Arte conectando ao mundo real e à sociedade, podendo ver os artistas e a sua Arte na aplicabilidade, tanto na estética como uma forma de rentabilidade”. Thaise Oliveira Viera, também coordenadora na E.E.E.F. Monteiro Lobato, afirma que “o principal objetivo do projeto foi atingido, que era despertar interesse nos alunos e instigar sonhos para um futuro”.

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Grafite e exposição

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A primeira etapa teve como atração o artista visual e grafiteiro paranaense Cleverson Pacheco. Café, como é conhecido, ministrou palestras sobre o grafite enquanto expressão artística, mediou a organização de grupos e a definição dos desenhos a serem pintados, pensados em conjunto com os estudantes, finalizando as atividades com uma pintura mural na escola.

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A primeira fase contou também com a abertura da exposição “Diálogos Arte Urbana”, no Ateliê Educativo MEA. O mural resultou de estudo realizado pelos alunos de todas as escolas públicas do município e um exercício prático inicial de criação do estêncil e pintura nas escolas, seguidos pela aplicação da técnica no espaço expositivo do Ateliê. Durante a abertura, o artista Café, produziu em tempo real a obra de arte intitulada “Rita” que agora faz parte do acervo artístico do MEA. A mostra vai até 20 de setembro, com entrada gratuita e aberta a toda a comunidade.

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Cultura Hip Hop

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Uma palestra interativa abriu a segunda etapa do Festival, levando a história da cultura Hip Hop para os estudantes, com enfoque nos elementos Dj, Breaking e MC. Diferentes ferramentas de expressão e valorização das identidades culturais, como Breaking, Discotecagem e Composição, foram desenvolvidas nas oficinas que completaram a programação, juntamente com uma performance poética.

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A oficina de Breaking Dance foi conduzida pelo BBoy Onofresh. O artista é membro do coletivo brasileiro de Hip Hop Mac Fly Mob, atua em eventos nacionais e internacionais como competidor e jurado, além de ministrar oficinas e fazer apresentações. A discotecagem foi abordada pelo DJ Leozr, artista que tem se dedicado à promoção da cultura e da música.

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Com enfoque nas expressões da linguagem escrita, MC Junkdon interagiu com os estudantes na oficina de Composição. O cantor e compositor gaúcho atua na cena local de Hip Hop. Já a performance poética ficou a cargo do Coletivo Poetas Vivos, uma iniciativa cultural criada na cidade de Porto Alegre, com o objetivo de valorizar e potencializar a arte preta e periférica em território nacional.

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Prosas com a Escola

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Essa parceria para valorizar as identidades e a cultura juvenil de Horizontina foi direcionada pelo programa Prosas com a Escola. O programa é uma iniciativa do MEA - Memorial da Evolução Agrícola e visa estabelecer e ampliar diálogos com toda a comunidade escolar, com foco na discussão de questões como inclusão, diversidade, desenvolvimento sustentável e saúde alimentar. Nesse sentido, busca instigar a criação de novas pedagogias como alternativas para criar conexão entre as escolas e o conteúdo presente no MEA.

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Foto: Estudante participa da construção de mural na E.E.E.F. Monteiro Lobato. Crédito: Takaki Fotos / MEA.