Inclusão é destaque da terceira edição da Noite no MEA

Publicado em
17
de
April
de
2024

Na sexta-feira, 12, o Memorial da Evolução Agrícola foi palco de mais um evento especial para Horizontina e região. A terceira edição da Noite no MEA foi dedicada à inclusão e à conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), em homenagem ao Abril Azul, instituído em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU). O evento teve a promoção da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Horizontina, apoio do MEA, dos Voluntários John Deere e da Rede PCD John Deere.

Na ocasião, os voluntários realizaram oficinas e atividades lúdicas, como pintura de rosto e cabelo maluco, árvore da diversidade, oficinas de desenho, contação de história, boca do palhaço, torre de copos, pula corda e jogo de boliche. Também foram feitas visitas à exposição do Memorial com mediação das equipes do MEA e APAE de forma inclusiva para pessoas autistas. Uma das novidades da noite foi a iluminação azul do prédio Memorial, que permanecerá durante todo o mês de abril, tornando a experiência noturna no MEA inda mais impactante e fazendo alusão a essa importante causa. 

Em um fim de tarde agradável, as famílias se divertiram juntas. Cores, balões, pipocas e brincadeiras foram os coadjuvantes em um cenário onde o respeito, a diversidade e a convivência foram as grandes estrelas. Para Jamile Seidel, mãe de Miguel, uma criança autista, a noite foi emocionante. “Foi bom  trazermos ele para ter essa vivência e conhecer um pouco da cultura da nossa cidade. Ele adorou, se sentiu bem à vontade. A recepção aqui no MEA foi maravilhosa, tudo planejado, um evento bem receptivo para todas as crianças”, pontuou. 

Crianças aproveitaram as atividades ao ar livre. Crédito: Jonas Santos / MEA. 

Segundo Tânia de Fátima Schulz Altíssimo, diretora da APAE de Horizontina: “A importância dessa noite é que não se trabalha a conscientização apenas dentro da entidade, nós precisamos abrir as portas para que as famílias possam conviver com a comunidade”. Karina Muniz Viana, diretora do Memorial da Evolução Agrícola, corrobora com esse pensamento, pontuando que o MEA se propõe a ser um espaço de debate e inclusão. “Por isso, ficamos felizes em unir forças com instituições importantes como a APAE para trazermos para a comunidade informações sobre esse tema tão relevante que é o autismo”, disse.  

O que é o TEA

Segundo o Ministério da Saúde, o TEA, é um “distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento do indivíduo, interferindo na capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento”. Vale lembrar que o distúrbio afeta as pessoas de diferentes formas e graus, e que o diagnóstico precoce permite o desenvolvimento de estímulos para independência e qualidade de vida.

Estima-se que, em todo o mundo, uma em cada 160 crianças tem transtorno do espectro autista, de acordo com dados da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Conforme a instituição, estudos epidemiológicos realizados nos últimos 50 anos apontam que a prevalência de TEA parece estar aumentando globalmente (provavelmente devido à expansão dos critérios diagnósticos e ao aprimoramento das informações reportadas). Apesar do aumento de dados e discussões sobre o tema, ainda há muito desconhecimento e preconceito sobre o assunto. 

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